(Sem Legenda)

 De acordo com a OMS ( Organização Mundial de Saúde) a depressão atinge cerca de 300 milhões de pessoas no mundo e o que chama a atenção é o dado de que ela é mais comum em mulheres. Se não tratada pode levar a pessoa ao suicídio. 

 Segundo dados, aproximadamente 800 mil pessoas por ano morrem por conta da doença sendo recorrente em jovens com  a faixa etária entre 15 a 29 anos. Com a pandemia que exige o distanciamento social às pessoas tendem a ficar mais suscetíveis a sofrer deste mal por inúmeros fatores e, por isso, resolvi trazer uma entrevista com a psicóloga, Maria Angélica Pimentel, para esclarecer como você pode diagnosticar a doença.

 Nessa quarentena alguns gatilhos como a falta de emprego, término no relacionamento, perda de alguém importante e outros fatores que fazem com que a pessoa fique por um longo tempo com pensamentos pessimistas ao analisar o fracasso de suas conquistas, podem desencadear a depressão. E o ponto de partida na maioria das vezes é a comparação com outras pessoas e o seu momento de vida. Mas, é importante saber os indícios da doença no começo “ A depressão é considerada uma forma de construção de um pensamento negativo e com ela vem a falta de motivação pra executar e planejar a vida com mais tranquilidade em sua  realidade. Com ela estão associados os sintomas de ansiedade, angústia por longo período,  em alguns casos pode-se notar sintomas de compulsão, impulsividade, necessidade de vícios como álcool e drogas que estimulam a pessoa que está passando por esse processo por justamente ter dificuldade de sentir prazer ou prazeres da vida. Fica tudo muito camuflado e difícil pra quem sofre, pois sofrerá rótulos em suas condutas. Muitas vezes surgem esses hábitos alimentares e de bebidas na adolescência, e tudo fica escondido, pois neste momento está passando por transição de idade e assim segue a doença sem ser diagnóstica e tratada”, explica a psicóloga e ainda acrescenta “Ela pode se manifestar em forma de psicossomática, ou seja, uma doença física já instalada e pode ser tratada somente a parte física e não a emocional, buscando a raiz da causa. Nesse caso é difícil até a melhora, pois está sendo tratado apenas o sintoma da doença e não a causa  principal que desencadeou esta patologia”.
 
 Embora seja um mal que vem atingindo cada vez mais pessoas a doença tem tratamento e é importante busca de um profissional para a eficácia nos resultados  “Depressão tem cura com tratamento e a depressão hereditária existe o tratamento por toda vida com medicamento além da psicoterapia de apoio e comportamental pra lidar com a transformação de estilo de vida. O papel da psicologia é de conscientizar sobre a doença e mostrar que existe recurso ao longo da vida do indivíduo capaz de indicar caminhos para mudança de hábitos”.

 De acordo com a Maria Angélica a doença deve ser tratada com respeito por todos “Deve ser vista com seriedade e tratamento entrar com um protocolo multiprofissional. As vezes, em alguns casos, precisa ter uma internação psiquiátrica para que o paciente e as pessoas que convivem com ele sejam protegidos".

 Vale ressaltar que quanto cedo o paciente se conscientizar sobre a depressão e como tratar, melhor é prognóstico “Ele vai saber melhor sobre seus estigmas sociais, como cuidar e enfrenta-la de forma a aceitar os limites da doença sem sofrer com os prejuízos causados”, esclarece a psicóloga